O trem da vida

Como eu achei o meu texto muito triste, resolvi publicar esse poema que estava escondido no meu armário. Pelo menos quebra um pouco o clima do outro texto, hehe.

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Sonhos, delírios, ilusões
Vontades, desejos, paixões
Loucuras, promessas, saudades.


Sorrisos, desenhos, intimidade
Vazio, dor, penalidade
Lembranças, prazeres, solidão.


Amores, amar-te, amor
As mãos, as manhas, os mimos
Meninos, homens, meninos.


Ouvir, falar, falar
Falar, ouvir, calar
Calar, calor, amar.


Sentir, saber, sonhar
Viver, voltar, partir
Sorrir, chegar, sorrir.


O trem da vida passa
Acene, suba, parta!
Viaje, volte e veja
A vida é ligeireza
É ida, é volta, é tontura,
Sorriso, choro, tortura,
Alegria, amor, doçura.

Pegue sua passagem
Embarque nessa viagem
Subamos nesse trem.

Pois o que fica de fora
Na beira da plataforma
Sem saber se vai ou se vem.

Nunca se conforma
E, ao ver quem parte, chora
Querendo embarcar também.

Ensaio nº1 (fonética)

Não é um texto para animar sua segunda-feira, do ponto de vista da história, mas estava mais preocupado com a forma, com a brincadeira de contar uma história usando palavras que começassem com a mesma letra. Se pensarem desse jeito, é possível até se divertir.

Maria Medeiros Mendes Mota, mãe, mulher, mineira, mudou-se esse mês. Medo, monotonia, melancolia. Muitos medos Maria mantinha. Meio metida e muito mentirosa, Maria não era tão famosa.

Um dia, dentro do domicílio, deitada, debaixo do seu dossel, delirou. Desenhos disformes, desesperos, dores. Dormiu? Não deu. Despertou, dormente, doente e decidida: ia mudar de vida.

Saiu, sorriu, assobiou. Tentou ser feliz, mostrar que mudou.
Conheceu Carlos Cardozo Cruz e Costa. Carente, criou cenários (imaginários), criou certezas.
Sem ser correspondida, coidata, sofrida, sentou-se e chorou.

Tanta tristeza, tanta tortura! Tendo tanto a ter, tom, tez, tecido. Tudo foi sumindo, até Maria Medeiros desaparecer.

Minha Oração

Poesia feita nos moldes temáticos da oração que Jesus nos ensinou (pai nosso):

Pai bondoso e misericordioso

De enorme graça e imenso amor

Deus forte, amigo e provedor

Rocha em meu caminho argiloso.

Senhor da graça, manso pastor

Me cercam teus anjos, coro grandioso

Protege-me os passos, pai amoroso

Vivo estás, cantemos louvor.

Andei, mestre, por outros caminhos

Por vales de trevas, estradas tortuosas

Meu pé pisou grossos espinhos

Minha alma andou em noites pavorosas.

Entristeci o meu senhor, meu Deus

Perdi-me do caminho à salvação

Vaguei entre sombras e escuridão

Distanciei meu coração dos céus.

Meu interior, minha alma tu conheceu

Vistes me afastar e me chamou

Mas meu pecado me ensurdeceu

Ceguei-me e não vi o quanto me amou.

Ergo minha vista à tua morada

A teus pés rogo pureza

Não desvaneça da infância a beleza

Cura minha alma, deixai-a restaurada.

Suplico, ó Senhor, meu escudo, amor

Encha-nos, pai, com essa vontade

Não me deixe mudo frente à desigualdade

Mova-me a ajudar em teu favor.

Sou grato pela minha vida

Pelos problemas, crises, tristeza

Sou grato, Deus, pela certeza

De que tua mão me cura as feridas.

Obrigado pela saúde e alegria

Pela paz que dá na alma

Por tua mansa voz que acalma

Pela graça, pela tua companhia.

Agradeço pelo meu futuro

Pois sei que está em tuas mãos

Obrigado pelos vários “nãos”

Obrigado por ser o meu seguro.

Consagro a ti, pai, meu coração

Entrego aos teus domínios meu viver
Tens em tuas mãos meu ser

Meu espírito, minha inspiração.

Faz de mim teu servo atento

Pronto a atender ao teu chamado

Dou-me a ti de corpo e alma, pai amado

Leva-me a ti, estou sedento.

Abençoa, senhor, minha vontade

Mente, mãos e pés consagrados

Coração por ti quebrantado

Rumo à tua santidade.

Amém!

Angélica

Sábado é o meu dia de descanso! Mas nem por isso ficarei sem postar. O texto abaixo é a íntegra da passagem que havia citado ontem.



Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Se Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?

Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como Anjo dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
(Gregório de Matos)

Saudades

"Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda." 
(Gregório de Matos - conhecido como Boca do Inferno, excelente poeta barroco)

                                                  

Passa-se o tempo

Restam lembranças

De quando éramos crianças

E nada nos dava tormento.

Passam-se os anos

Restam histórias

Nem todas de prantos

Nem todas de glórias.

Passam-se os dias

Restam verdades

Muitas saudades

E alegrias.

Passam-se vidas

Resta o amor

Resistente à dor

Saída das saídas.

Passa-se, enfim, a morte

E chega a eterna vida

Uma batalha sofrida

Que dá ao vencedor sorte.

Fontes das imagens (na ordem em que aparecem):

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje8XUezc1Cz1vb8xm2kG8ayWPvMI5tVQmNrGp_k2LklQ7cDnJKYZfnnVIhmwaycZKIQO11cMs3hPG3olkXj5T8u6N49W9dz6rpVSq8rSqOml_6PbIBiLxM3en1TdU8QoVsW8JprvySTyo/s400/tempo.jpg

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Andanças de João Retinto I

I

João Retinto Magrinho Brasil é um andarilho (no Brasil, chamamos de vagabundo). Nunca teve muita sorte na vida. Não tem ensino médio, não tem emprego, não tem casa, não tem família, mas tem duas coisas importantes: senso crítico e senso de humor.

            João Retinto nasceu no interior do Ceará, no árido nordeste brasileiro. Desde criança sonhava em ser piloto de ônibus, profissão do pai. Hoje, aos 31 anos, vive em Brasília, capital federal. Gosta de caminhar pelos gramados da cidade, de tomar banho na fonte da praça próxima à Torre de TV e de conversar com as pessoas que não se importam com sua aparência.

            Apesar de não ter sequer chegado à oitava série, João sabe muita coisa que só os cientistas sabem e algumas que eles só vão descobrir em cinco anos! Pra se virar, aprendeu todos os tipos de trabalho possíveis, desde guardador de jegue, lá em Lavras da Mangabeira, até garçom de restaurante chique na capital.

            Sempre brasileiro, não perde uma farra: toda sexta-feira ele e os outros andarilhos fazem festa! Juntam tudo que é lata durante a semana pra poder ter um descanso de umas duas horas. Aí, quando a festa começa a animar, os ordeiros chegam pra “acabar com a vadiagem”.

            Mesmo com isso, João não perde a piada ou o sorriso:

            − nem que só mostre a gengiva, to sorrindo! – diz o alegre João Retinto.

            Semanalmente, trarei uma de suas histórias sobre suas andanças pelo país. Já vou avisando: vão se surpreender! E nem adianta escrever pra ele, pois mal sabe ler. Também não vale tentar querer saber a história antes da hora, só me encontro com o João às quartas. O jeito é esperar.

(...)

Fonte da imagem:

http://www.cultura.mg.gov.br/arquivos/AcaoCultural/Image/andarilho.jpg 

O amor é...

Puro, verdadeiro,

Leal, companheiro,

Simples, inteiro,

Sem comparação.

Amigo, paciente,

Às vezes demente

E outra carente,

Mas não ligues não.

Tímido, egoísta,

Bravo, altruísta,

É equilibrista

E oposto à razão.

 

Mas, acima de tudo,
O amor é mudo,

Aleijado, surdo

E sem visão.

Fontes das imagens (na ordem em que aparecem): 

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Uma poesia sobre as minhas poesias

PoeMinhas

Filhas de beleza comunal e glórias

Graciosas plumas intangíveis, belas

O céu enfeitam, minhas estrelas

Narram épicas e grandiosas histórias.

Jardins fartos, de suspiros encantados

Flores raras dos perfumes mais diversos

Coloridos e dançantes são meus versos

Como são noites de céus enluarados.

Brotam como nem sei de onde ao certo

Como fadas alvas, sibilantes, brotam

Fluem em minhas veias, ideias lotam

Quero escrevê-las, fazer delas texto.

Sopros de vida dou-lhes, e identidade

Individualidade, também pujança

Meus versos são as lágrimas de esperança

Que adubam e enaltecem minha verdade.

Se algum dos versos foge, grandes tristezas

Trabalha, mente, a trazer-lhe ao pensamento

Não quero! e seria um triste passamento

Perdê-lo afogado em minhas profundezas. 

Fontes das imagens (na ordem em que aparecem):

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBnT8Zxk5M8jL2Q2r5y1orceR68A7xN0zJAw-nBiV7878WZK2CZhyphenhyphen4uWspswVrIH84JxYD0uuajDgu-r3shjVkQb49VROatGqvLlhWULLICZGFoT8N0SMZZAqjXJ6qK56EdpucqirYvCA/s1600/estrelas-12.jpg

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Segunda-feira!

Fim de semana é sempre aquela maravilha: saímos com os amigos, praticamos esportes, enfim, nos divertimos. Tudo está correndo muito bem até que chega a segunda-feira...

***

      Alessandra tinha curtido muito o final de semana na casa dos amigos: tinham ido à praia, comido churrasco 24 horas por dia e ainda tinha aquele sambinha de fundo musical!

Chegou domingo e Alessandra estava exausta! Também, pudera! Foi dormir bem cedo pra poder recuperar as energias porque na segunda, acabavam suas férias. Seu sonho fora maravilhoso: tudo o que tinha feito no fim de semana e até o que ela gostaria de ter feito.

      Tudo bem, tudo certo, até que um som extremamente irritante começa a soar em sua cabeça. E o som vai aumentando sua intensidade. Finalmente, Alessandra percebe-se atrasada. Já era segunda-feira.

Como toda pessoa atrasada, ela demorou 30 minutos no banho, mais 15 pra escolher a melhor roupa e uns outros 15 pra tomar o café. Como ela já conhecia seu ritmo, havia posto o despertador pras 6:45h. Entretanto eram 7:50h e ela morava há meia hora do seu local de trabalho. E o pior, ela sabia que o trânsito naquele horário iria ser infernal.

      Praguejando da cozinha até a garagem, Alessandra ligou seu carro e verificou, com muita felicidade, que o ponteiro indicava o tanque vazio. Atrasada, porém não menos bela, dirigiu até o posto mais próximo. Havia uma fila de pelo menos dez carros.

      - Todo mundo resolveu abastecer justo agora?! - pensou.

      E saiu à procura de outro posto. Quando, enfim, avistou um posto vazio, era o mais mal cuidado que já havia visto!

      - Bom, pra quem veio até aqui com o tanque vazio, não é tão inteligente voltar sem colocar pelo menos 20 reais. - refletia Alessandra.

      - Moço! Moço! MOÇO!!! - tentou ser gentil ao falar com um frentista que dormia.

      - Sim, minha senhora. Comum ou aditivada?

      - Aditivada.

      - Acabou! Só tem da comum.

      - Pode ser dela mesmo, só quero 20 reais, ok?

      - Tranquilo como grilo, minha senhora!

      Um pouco nervosa, porém tranquilizada, Alessandra seguiu para o seu trabalho. Não sei o que faz as pessoas andarem tão devagar ao ver uma polícia ou um acidente, mas Alessandra teve que aturar as duas situações. Mas isso só ocorreu porque estava a 1Km do seu trabalho.

Finalmente ela conseguiu chegar ao Fulano & Beltrano's – escritório de advocacia. Achar uma vaga num lugar em que todos tem um carro é um pouco difícil, ainda mais, se alguns resolverem desaprender a estacionar justo na segunda-feira!

       Alessandra estacionou no sol, a uns 120 metros da porta do escritório, já quase sem paciência. Não mais tão bonita quanto há 2 horas, chegara à portaria do edifício comercial. Como de praxe, à medida que a roleta se aproximava, Alessandra punha a mão no tailler e procurava pelo seu crachá.

      - Poxa! Droga! Caramba! Boboca! - dei uma amenizada nos palavrões, o que se ouviu foi pior.

      Então voltou ao carro para procurar o bendito crachá. Não tendo encontrado, resolveu explicar sua situação e seu dia ao porteiro, que, surpreendentemente, não permitiu sua entrada sem antes verificar com seu chefe a veracidade da informação. Após 5 minutos de ansiedade, ele falou:

      - Pode subir. Está um pouco atrasada, não? Seu chefe disse que estão te esperando para uma apresentação.

       Extremamente contente por perceber que havia deixado as anotações da apresentação em casa, Alessandra decidiu ir assim mesmo, afinal de contas ela havia preparado a apresentação e sabia tudo de cor.

Segunda-feira é um dia muito traiçoeiro mesmo: o arquivo da apresentação de Alessandra havia sumido do computador que ela utilizava. Lembrando que sempre salvava um backup em seu pendrive, Alessandra voltou ao carro para pegar o dito-cujo.

       Na volta, o porteiro havia esquecido seu rosto e ligara novamente para seu chefe, que, neste momento estava irritadiço, mas não se comparava à iminente erupção vulcânica que havia em Alessandra. Após muito esforço, às dez e trinta e quatro da manhã, Alessandra, um pouco descabelada, um pouco menos bonita e muito nervosa inicia sua apresentação.

       A boa notícia é que sua apresentação foi uma maravilha! Mesmo não tendo nenhuma anotação, ela conseguiu se lembrar de todos os pontos relevantes e impressionara a todos que a assistiram. A má notícia é que, ao final da apresentação, Alessandra, muito gesticuladora, derramou acidentalmente café na roupa de seu chefe. Falando semelhantes palavras que Alessandra ao esquecer seu crachá, Roberto foi verificar sua coxa e tentar limpar a mancha do café de sua blusa de fios egípcios.

       Almoço.

       À tarde, tudo correu como o esperado: as pessoas retornaram ao serviço às 15:00h e saíram às 17:30h. Alessandra andou 120 metros, ligou seu carro e dirigiu automaticamente de volta pra casa, não mais se importando tanto com o infernal trânsito de seis da tarde, quase tão ruim (ou até pior) quanto o das oito da manhã. Chegando em casa, seu marido a beija, faz uma massagem relaxante e pergunta:

      - Querida, cadê o luquinhas?

      Um típico dia de segunda-feira.

Boa segunda!

Fontes das imagens (na ordem em que aparecem):

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http://internetdrops.clickgratis.com.br/wp-content/uploads/2008/02/odeio_segunda_feira.jpg


http://www.hm9.com.br/blog/v2/wp-content/uploads/2008/11/segunda_feira_031108.jpg


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilWZa-GnJIDcgR_IbbAnDyDfksUfmDoTwsJ1nQ0HphIOwN8NeE0aiA0xq-rEgEAjy3cOnMLFfpfTbFwERGdBgfJouBZ5qo4csN1YNfVvpvyBuOlkuHSnjWaJ0jnHaU202fS89t81F7hJM/s400/segunda-feira.jpg

Domingo, dia do Senhor. Homenagem a Ele

(Deus conversando conosco)

Fiel Companheiro

Quando tudo era alegre

Quando a vida imperava

Me chamavas, feliz: - Mestre!

E eu lá contigo estava.

Quando tudo eram sorrisos

Nem a morte ameaçava

Me cantavas versos lindos

E eu lá contigo estava.

 


Quando alcançou sucesso

E até a alguns invejava

Me louvava – e eu mereço!

E eu lá contigo estava.

  

Quando o amor foi seu amigo

E sucedeu o que esperava

Dizias: “Deus está comigo”

E, de fato, lá estava.

Quando sofreste com a morte

E, no interno, praguejava

Quando foi-se tua sorte

Lá, contigo, eu estava.

Quando o mundo fez-se turvo

Você não acreditava

Te chamei: estavas surdo

Mas eu lá contigo estava.

Quando o frio trouxe o medo

E tudo te assustava

Não vistes: estavas cego

Mas eu lá contigo estava.

Quando o mal impôs percalços

E você não os atravessava

Carreguei-te nos meus braços

Pois eu lá contigo estava.

 

Quero agora ser contigo

Pequeno, te acompanhava

Vem estar sempre comigo

Pois contigo sempre estava

Sou o seu melhor amigo

Seu escudo e sua aljava.

Fontes das imagens (na ordem em que aparecem):

http://4.bp.blogspot.com/_y5T_48LNn0w/TNcY9YYN7jI/AAAAAAAAEKg/plPk-rr_SMk/s1600/alegria.jpg

http://resultson.com.br/site/wp-content/uploads/2009/02/sucesso.jpg

http://www.clubedacalcinha.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/08/eu-queria-ser-amor-geisa.jpg


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE5Ljw-_4eZwYcBVuWjbdSO5reTjmCK5KkoyQ3IPwiFBBf5U5b5hDt7eRTW7hjOtPfk4hQwIa4Kg_ivq48zIksHtcq1Gek31YZeyil3Vrkn2HPuHSJiiukzZ9460jmgUhOi9nlmVm-NtY/s400/morte2.jpg

http://scienceblogs.com.br/eccemedicus/medo2.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo-OSUBjClukjGbE_bPglOYpgXVTJvJKJiHI86iM9osFaqmBnwZc0xH9-0ciMpMRr8b2fwZhfq11bsiSaJH93ER80QZYeeQoT_HbuuBYZSsNVAnbLWjB6rcql-MxbBY5yK6pvXBLCP6Sc/s1600/que-hay-de-nuevo-amigo.jpg

http://1.bp.blogspot.com/_XbSNpeabU1A/SxanN_ApKaI/AAAAAAAAAGg/qWbpalBybPQ/S1600-R/a_criacao_de_adao_michelangelo.jpg

Uma poesia para fazer pensar

Conselhos para o homem de hoje em dia

Homem,

O que te faz ser assim?

Ser tão ruim com os que te querem bem.

Homem,

Que és igual a mim

Quanta maldade (em) teu coração tem?

Homem,

Que és triste enfim

Não sabes que és alguém?

Homem,

Que belo ser!

Que nem consigo fazer a descrição.

Homem,

Quero saber

Os segredos do teu coração.

Homem,

Quem pode crer

Que inventaste a razão?

Se homem,

O que queres ter

É apenas sofreguidão.

Homem,

Quantas lágrimas

Quanto choro derramado

Quantas vidas tomadas

Pelo seu egoísmo.

Homem,

Para que tanta dor?

Onde está o amor?

Foi escondido?

Ou andará perdido nesse mundo de agora

Que outrora era pavor?

Homem,

Há esperança

Ainda é tempo de sobreviver

Olhe as crianças

Quanto ainda têm para aprender!

Homem,

Não seja sozinho

Escolha um caminho

E alguém para lhe acompanhar.

Homem,

Esqueça o linho

E o seu vizinho

E pare para pensar.

Homem,

Mostre sua voz

Não acabe com o que nos sustenta.

Homem,

Tu és o único capaz

E o único que não tenta.

Homens,

Se juntem

Por uma boa questão

Não se sentem

Esperando a destruição.

Homens, Ajam!

Pois corremos contra o tempo

E esse intento não pode acabar.

Homens,

Sintam!

Pois é o sentimento que nos faz continuar.

Homem,

Escolha seu rumo

Use o prumo do saber.

Homem,

Não diga mentiras

Nem faça coisas para depois se arrepender.

Homem,

Não se deixe abater

Se podes vencer

Essa dura batalha.

Homem,

Não podes proibir uma criança de sorrir

Não cometa essa falha.

Homem,

Perdoe você

Pois, somente assim,

Perdoará os outros.

Homem,

Cabe a ti

Tim-tim por tim-tim

Fazer de novo o mundo.

Faça-o por prazer

Vá até o fundo.

Homem,

Seja bondoso com a natureza

Aprecie a beleza que ela nos traz

Aprecie com delicadeza,

Pois isso só ela faz.

Homem,

Viva!

Ame!

Sonhe!

Fale!

Seja!

Veja!

Cante!

Cale!

Homem,

Queira sempre progredir

Pelo seu esforço

Não tente ferir

Não seja um esboço.

Homem,

Seja sensato nas suas decisões

Saiba que um passo errado

Pode mudar a vida de multidões

E que ver um povo dizimado

É a pior das sensações.

Homem,

Não mude a sociedade

Mude a si.

Com isso terás tranqüilidade

Para que os outros possam ver

Que o que importa é ser

E não, ter em quantidade.

Homem,

Dono da verdade

Traga-a de volta à vida

Ela, que está perdida

Em meio a tanta maldade.

Homem,

Te dei meu conselho

E também dou-te um espelho

Para que possa se olhar

E não só os outros criticar.

Homem,

Depois dessa conversa,

Quero ver se lhe interessa saber

Que escolho você

Por crer

Que só tu podes fazer

Uma mudança no universo.

Por isso, homem, te peço

Mantenha teus pensamentos retos

Não ache certa a corrupção

Tenha no coração paz e alegria,

Pois, nessa era sombria,

É o que faz de ti

A perfeição.



Fontes das fotos (na ordem em que aparecem):

http://gemarriachuelo16rs.comli.com/Fotos/fogo_conselho.jpg

http://reporterdecristo.com/wp-content/uploads/2010/04/ira01.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKFh8izjAMl0Cx1UbEMcqrJueasJBLnD4oYp02AloKvLk2aZY3ILUD3i5Ddog9gpfgJTzFuWVjLgye_WVqgyE9G4bN62Pki4wC3mNeJC35JGcOohnPjHtTkfzvoYqvFg_d2V1SMPnak-4Z/s1600/coracao_partido3.jpg


http://www.jornaloimparcial.com.br/wp-content/uploads/2009/06/queimada1.jpg


http://www.zonadamatamg.com.br/wp-content/uploads/CORRUP%C3%A7%C3%A3o1.jpg


http://www.soniamoura.com.br/wp-content/uploads/2009/06/esperanca.jpg


http://mergulha.blogs.sapo.pt/arquivo/Carinho.jpg


http://www.blogdicas.com.br/fotos/2009/04/perca-o-sorriso-amarelo-com-o-clareamento-dental.jpg


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Namoro dos sentidos

Namorar é um fato marcante na vida de qualquer pessoa. Ah! Quantos sentimentos perpassam a mente e o coração de um casal apaixonado?!

O olfato é um importante sentido, pois, com ele, o namorado reconhece a essência da namorada. Verdade! É possível saber se ela é apaixonada, realista, sonhadora, carinhosa ou não e até (óbvio) se ela “cheira bem”. Inclusive o fato de cheirar bem não está ligado primordialmente ao odor, mas à aparência, já que uma bela donzela faz com que um mau-cheiro se torne imperceptível, somente com sua beleza! Um cheiro que seja agradável a mim pode não ser o mesmo pra você.

- Cara, minha mulher tem um cheiro muito bom!

- Mas ela é apicultora, tem cheiro de mel!

- Eu sei. Não é maravilhoso? Eu sou diabético, adoro aquele cheirinho doce!

A audição é perigosa, precisa ser bem ensinada. Não se deve ouvir algo desagradável, não! Nosso ouvido deve escutar apenas as palavras agradáveis, meigas, ditas nas horas de lucidez. É preciso que, principalmente o homem, tenha esse sentido bem apurado, para assim poder ouvir as opiniões, reclamações e desafinações da amada e saber responder corretamente às suas perguntas.

- Matheus?

- …

- Matheus?

- …

- Matheus!

- Hã? Sim, querida.

- Você ouviu o eu estava te falando?

- Claro!

- Então o que foi?

- Bem… é… foi… é… - isso pode destruir (e destrói) relacionamentos!

A visão deve ser tratada com atenção. Um bom amante é aquele que possui os olhos no “lado esquerdo do peito”, enxerga, principalmente, os sentimentos da amada. Realmente, quem ama acaba ficando “cego” para os defeitos da parceira.

- Minha namorada é linda, né?

- Bem …

- Ela vive me dizendo coisas bonitas, me ama e me completa.

- Que bom! – e pensa: como ele consegue gostar de uma coisa daquelas?

O tato. Pode faltar tudo, mas se não houver o tato não há relacionamento. Uma pele macia, uma carícia, um afago são fundamentais. Sem contato direto não há comunicação. Encostar a mão na outra, dar-se as mãos e até mesmo o sexo, sim o sexo: momento de plena comunicação corporal, em que homem e mulher tornam-se um, uma escultura rodiniana, um concerto de Beethoven, uma miscelânia de prazeres. O tato garante que aquele amor que sentimos pelo outro possa se expressar de forma mais verdadeira e natural, sem precisarmos de palavras.

Por fim, o paladar. Que maravilha é poder provar o néctar dos lábios da amada! Que bom é saber que cada lábio tem um sabor diferente. E mesmo que seja a mesma mulher, cada dia a paixão é diferente, assim como o sabor do amor. O paladar também deve ser seletivo: óbvio que uma mulher e um homem que cozinhem bem são importantes, mas se ele ou ela não souberem cozinhar, deve-se ao menos comer sua comida. Se o amor for verdadeiro, a gororoba parecerá um manjar às papilas do amante!

Bem, não podemos negar que sentimos e que nossos sentidos são reais. Porém o verdadeiro sentido é o amor, que transforma tudo em puro, belo, sincero e agradável. Por isso só se sente de verdade quando se ama. Então, se você já percebeu esses sintomas na sua vida significa que você é normal. Mas, se nunca lhe ocorreram essas distorções nos sentidos, eu – sendo amigo, romântico e poeta – receito ao menos três doses de paixão, duas de amor e dez de encantamento, todos os dias. Apaixone-se, nem que seja para sofrer depois, pois, do contrário, não terá vivido.


Fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhInuyxHxijjTQfLLwMFd9bio5Jb48IywmAvGkMSMxZdWlKatYonMYwbwcfuGjuFtDJBVEqIPKk-4wNjRMA80X_KenLvMhJvR6OBP_zuV62XY96nPHVnDlx9cNWXdRkO4yEC4XO57w2F8M/s1600/imagem.jpg

Adeus, trema!

Ele se virou, olhou meio triste e foi embora. Uma relação de tantos anos não devia acabar daquele jeito. Foi algo que fiz, pensou. Mas o quê terá sido? Traição assim tem que ter um motivo.

O namoro começara há muitos anos. Quando o português avistou aqueles dois pontinhos flutuando no céu se apaixonou à primeira vista. E depois que se uniram, completaram-se e cada um não existia sem o outro. Faziam promessas de nunca se separarem, um verdadeiro casal em início de namoro.

- Fala de novo!

- Quê, meu bem?

- Aquilo … você sabe.

- De novo?

- É.

- Ok. Eu nunca vou te abandonar, nem te esquecer porque você me faz sentir completo.

- Ah! Que lindo!

Passavam-se os anos e cada vez mais o trema se mostrava útil em casa. Tiveram muitos filhos: um mais exato (cinqüenta), um persistente (agüenta), um que só fazia macaquice (sagüi). Enfim, foram vários os filhos dessa união.

 ***

Tudo estava indo muito bem até que o trema percebeu o português chegando tarde em casa, dizendo que tinha sido muito requisitado no trabalho e que quase tinha sido assassinado várias vezes:

- Hoje alguém disse “Pra mim passar …” – disse indignado. E saí de perto pra não sofrer um ataque cardíaco.

- Você está trabalhando muito, né? Todo dia chega tarde!

- Meu bem …

- Não vem com essa! Quem é?

- Quem é o quê, meu amor?

- Eu sei que há outro na história

- Não existe ninguém além de você, fique tranq…

- Não ouse usar o nome da minha mãe na conversa!

- Não foi por querer…

Dias depois, o trema descobriu que a língua portuguesa o havia traído com outros semelhantes a ela. “Aqueles outros” – como se referia aos porutgueses-angolanos, de Macau e dos outros que entraram na história e ele nem ficou sabendo.

Hoje o trema já morreu. E seus filhos estão em “processo de extinção”, sendo ainda vistos, mas já cientes de seu prazo. Fósseis ambulantes.

Escrevo sua história para que, no futuro, não nos esqueçamos do seu valor e da sua contribuição. Ao menos eu sentirei saudades.

Fonte da imagem: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/acordoortografico/imagens/trema.jpg

Sonho

Fecho os olhos, abro a porta
Ponho a mente a voar
Vou à Lua, ao Sol, ao longe
Vou aonde aonde imaginar.

Cheiros, cores
Formas, sabores
Todos em meus pensamentos.

Sons e gestos
Caras e afetos
Lembranças de bons momentos.

E é tão bom, e tão feliz!

Quando estou a um triz
Daquilo que desejo,
Subitamente desperto
O que sonhei? não sei ao certo
E vem à boca um triste bocejo.

(17/1/2011)

Fonte da imagem: http://www.mp.go.gov.br/drogadicao/htm/imgs/salvador_dali.png

Ode à nossa lìngua

Todo brasileiro deveria ser não só orgulho por sua lingua, como também apaixonado, amante dela! O português é uma língua maravilhosa! Tantas formas de se falar uma mesma frase; tantos nomes e sinônimos ao mesmo objeto; tantas pronúncias, subidiomas e dialetos regionais originários da mesma língua-mãe!

Um fato engraçado é que eu comecei a me interessar por português quando estava na sétima série (hoje o nome é oitavo ano). Foi um sufoco pra aprendê-la, mas deu certo: depois dessa situação, passei a me dedicar bastante ao estudo dessa língua. E não somente isso, mas também lia bastante e procurava sempre saber um pouco mais sobre gramática e literatura.

Foi então que surgiu o que eu considero meu dom: a poesia. Minha veia poética começou a bater quando minhas experiências de garoto apaixonado se iniciaram. Desde então, nunca mais deixei de escrever.

Recentemente, me descobri como um bom cronista também, fazendo textos engraçados, mas sem perder a crítica e o conteúdo.

Gostaria, com esse blog, não somente de publicar meus textos, mas também de incentivar você, escritor em potencial a publicar suas ideias. A humanidade se desenvolveu expressivamente graças ao compartilhamento de ideias. Sejam suas ideias relevantes ou não, publique-as, marque sua era.

Na tentativa de voltar ao tema, queria dizer que nenhum escritor nasceu estritamente feito. Mesmo o incomparável Machado de Assis, que está em um nível acima de qualquer escritor que possa vir a surgir, não era tão fenomenal quanto em Memórias Póstumas de Bras Cubas, Quincas Borba ou em Dom Casmurro. Por quê ele se tornou "O" Machado de Assis? Leitura!

Então vai um conselho (que você certamente já ouviu de todo mundo): leia! Só assim você cresce mentalmente, psicologicamente e até espiritualmente.

Passei uma hora rachando a cabeça pra tentar me lembrar de uma frase muito interessante (e célebre) sobre leitura, mas não consegui me lembrar do nome do autor nem da frase toda. Era algo como "quem pouco lê, nada escreve..." e continuava. Se alguém souber a frase, me diga, por favor!

Concluindo, só escreve bem aquele que lê bastante. Hábito de leitura é algo muito importante. Então, se você está de férias, significa que tem tempo de sobra pra ler. Sê você não está de férias, arranje um tempo pra ler.
Enfim, leia. Boa leitura!


Fonte da imagem: http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/Jornal93/Imagens/Livro_aberto.jpg