Sabe aquele sentimento de que você não tem mais
nada a acrescentar? Não me entendam mal, eu acho minhas ideias valiosíssimas.
Estou falando daqueles momentos em que alguém literalmente encerra um assunto,
seja por falar terminativamente, ou por fazer um comentário tão bom que ninguém
mais se atreve a dizer mais nada sobre aquele tópico por, no mínimo, seis anos.
Eu me sinto assim ao falar sobre amor.
Que
é um sentimento, todo mundo sabe. O que ninguém sabe é como vai ser quando você
estiver amando. A reação é diferente em cada pessoa. Tem gente que chora,
outros passam o dia rindo. Eu tenho um amigo que fica preocupado, pois acha que
está doente. E eu fico idiota. Minto. Graças ao dicionário descobri a palavra
certa para o meu estado de espírito e é “nefelibata”. É tipo imbecil, mas
falado com uma certa pomposidade.
Sempre
que penso em alguém apaixonado me vem à mente a imagem do desenho “Pica-Pau”. Ele
voa, conduzido cegamente pelo perfume da amada. Isso e algum casal de amigos do
ensino médio. Inclusive, caso alguém gritasse “mô” na minha sala, veria umas
dez cabeças se virarem! Pior ainda é o “mozão”. Esse consegue ser bem pior que
o “mô”!
Crianças
dirão que amor é o cuidado da mãe. Idosos dirão que é a fidelidade do
companheiro. Um jovem certamente confundiria com sexo. E se Camões fosse falar
sobre o assunto tendo lido Coríntios 13 diria que é um obsoleto necessário!
Acredito
que, de certa forma, o amor é um certificado da vida. Se você está vivo, você
ama. Mesmo que seja batatinha frita, sua mãe, uma banda de rock ou seu reflexo.
Lembrando que amor e ódio são como calor e frio: um apenas constata a
existência do outro por, paradoxalmente, ser a sua ausência. Ou seja, se odeia
algo, não se preocupe, você está vivo também!
Eu
diria também que amar é conhecimento. Às vezes, reconhecimento. Uma pessoa um
pouco mais madura não sai amando simplesmente qualquer coisa que vê pela
frente. Ela precisa antes conhecer o conteúdo daquilo que um dia, talvez, ela
ame. Não reclame comigo, o tema é confuso mesmo!
Mas
essas são as minhas definições de amor. Como se trata de uma experiência
individual, o significado pode ser diferente pra cada um. Minha definição
poética sobre amor nem é sobre um fogo grego! Em um poema, digo que “Mas, acima
de tudo,/ O amor é mudo/ Aleijado, surdo/ E sem visão.” Praticamente um
inválido! Ou melhor, um nefelibata!
Fepiphanias, por favor, POR FAVOR, nunca mais fique tanto tempo sem postar. Falo isso, rogando desse jeito, em nome do fã clube de que eu, João Victor, sou presidente, fundador e membro vitalício.
ResponderExcluirCom amor,
Joãozinho.
Olha esse João Biscoito safado...
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