Dedico esse blog:
A Deus, porque dele decorre tudo o que sou e tenho;
Aos meus pais, sem os quais não teria sede por conhecimento e toda essa alegria que faz parte do meu ser;
À minhas (frustradas) paixões, sem as quais minhas poesias não seriam tão boas;
Aos meus amigos, que suportam meu caráter psicótico, semi-lunático e também endoidecem comigo!
E a você, por ter paciência para ler meus textos e essa dedicatória!
Obrigado.

Não estou mais de férias, então é provável que eu poste apenas três vezes no mês.

Perdão a todos, mas eu tenho que estudar! hehehe

sexta-feira, 4 de março de 2011

Andanças de João Retinto V

João tinha levado uma baita pancada na cabeça e, pelo que descobrira mais tarde, ficado desmaiado por dois dias! Um pouco melhor, lembrando-se do seu nome e do motivo de ter vindo à Brasília, ele pergunta:
- Onde eu posso vender arte por aqui?
- Arte? - Geraldo respondeu - Tem a feirinha da Torre, mas não é muito valorizada. Viver de arte aqui é muito complicado: meu irmão, Hidalgo, aquele ali, faz poemas como ninguém. Ele chama da haikai, mas eu não faço a menor ideia do que seja. Pra mim, é poema mesmo! Ele vendia muito e conseguiu juntar uma boa grana, mas largou tudo pela poesia. Depois de um tempo, não quiseram mais saber dos seus haikais e perdemos tudo!

Um pouco decepcionado com a falsa imagem que tinha da cidade, João Retinto resolveu testar a sorte e vender na feirinha da Torre de TV. Havia muitos artistas também, e muitos deles tinham uma barraca pra vender suas coisas. João não quis saber: pegou uma caixa de papelão, montou uma mesinha, pôs duas obras brasilienses (feitas já em Brasília) e esperou...

Depois de uma semana tentando vender aquelas duas "carrancas" (se você visse, também chamaria assim), João desistiu e resolveu procurar emprego como ajudante de pedreiro novamente. Não era o que ele gostava, mas também sabia fazer.

O único emprego que lhe ofereceram foi de eletricista, mas pra isso, era necessário um conhecimento prévio, algo como um curso técnico. João estufou o peito, pensou, pensou e decidiu: vou nessa!

No começo, ele tomou alguns choques (não sei se é por isso que hoje ele não bate muito bem das ideias), mas logo, logo, foi aprendendo. Depois de dois meses, já sabia consertar quase todo tipo de brinquedo 12V!

Certa vez, João, teve que consertar uma geladeira. Infelizmente, ele a esqueceu ligada: choque! João perdeu o movimento do dedinho da mão esquerda, de tanto choque que levou!

Ele estava contente, feliz. Continuava a morar na rodoviária, mas já tinha uma barraquinha... e o que comer... todos os dias!

Uma coisa ainda perturbava João Retinto: não ter conseguido vender suas esculturas. Foi então que ele economizou um pouco mais e comprou um saco de cimento, ficando conhecido na rodoviária como o "doidinho cimenteiro"

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